Greenwich

Existem muitos passeios imperdíveis para se fazer nos arredores de Londres. Como o tempo é sempre curto, optamos por escolher um deles, ir até Greenwich. Primeiro que é um passeio diferente porque é necessário pegar ou um Clipper, barco mais rápido até lá, mas como queríamos pagar de turista mesmo, huahuahua, decidimos pegar um dos cruzeiros pelo Tâmisa saindo ali da London Eye. Já pelo passeio vc pode observar a cidade de um ponto de vista bacana. Com algumas intervenções interessantes do guia, que tinha um sotaque incompreensível de irlandês e que como todo guia turístico na verdade queria virar um comediante, daquele humor inglês que também não é muito engraçado para a gente, rsss. Enfim, depois de 50 minutos mais ou menos chegamos em Greenwich e fomos direto para o Museu Nacional Marítimo. O Museu é muito legal, mas confesso que me decepcionei, achei que pela tradição britânica com a questão naval seria algo estraordinário, e acabei achando que o Museu Marítimo de Paris é muito melhor. Na saída tive uma pequena confirmação disso, tinha uma plaquinha falando de uma exposição que estava lá e tinha parcerinha com o Museu Marítimo de Paris, tá vendo? Os parisienses sabem fazer um museu e acabam até ensinando aqueles que deveriam ser os maiores experts neste assunto específico. O Museu assim mesmo é muito interessante, é gratuito, outra vantagem imbatível e de lá vc continua o passeio em Greenwich indo até o Observatório Astronômico Real e a Queen's House. É um espaço bem legal, lotado de turistas e parece que os locais também gostam de levar as crianças para brincarem nos imensos gramados, além de vários jogadores de futebol e de rúgbi. Lá fica o famoso Meridiano de Greenwich e aí de novo não tem como não lembrar das aulinhas de geografia. É muito interessante o museu, e todas as instalações. Quanto à foto clássica do meridiano, um pé no oriente e outro no ocidente, não fiz, porque não ficaria perdendo tempo de mais ou menos meia hora na fila, que é sempre imensa! Mas fiz uma na frente deste ponto tão famoso, estive lá e pronto! Por último passamos na Queen's House que possui um acervo bem interessante de pinturas com o tema naval. O espaço é bem organizado e foi uma maneira bacana de conhecer o lugar. A única mancada total do passeio não foi nossa culpa, mas o Cutty Sark estava fechado para reformas! Lástima total! Mas também motivo para voltar para Londres. Tivemos uma sorte incrível, na hora de voltar caiu uma chuva torrencial, fiquei com pena dos turistas que estavam chegando naquele horário, ufa que bom que pegamos o primeiro cruzeiro, porque as distâncias lá não são tão pequenas. Mas é aquela história, pegar chuva em Greenwich não tem preço, rsss.

São João del Rey

Igreja de São Francisco de Assis, Ruas, Estação
Começamos nossa tour pelo barroco mineiro em São João del Rey. Muito tranquilo de se chegar saindo de Curitiba. O problema é que chovia o tempo todo, foi difícil fazer algum passeio num tempo daqueles, mas conseguimos ver a maravilhosa Igreja de São Francisco de Assis. Eu achei emocionante ver pela primeira vez ao vivo uma obra que foi planejada por Aleijadinho! A concepção arquitetônica da Igreja é genial, ainda que sua execução não tenha seguido toda a idéia original do mestre. São João del Rey ainda tem outras igrejas igualmente graciosas, além da população ser gentil e mesmo quando se visita uma igreja as pessoas percebendo que é um turista acabam chamando a atenção para uma ou outra obra importante da igreja, eles sentem orgulho daquilo tudo. E devem se orgulhar mesmo, a casa de Bárbara Heliodora também é um museu bem interessante, além da Estação Ferroviária que é uma gracinha. Não fizemos o passeio de Maria Fumaça até Tiradentes, mas ficará para uma próxima ocasião. Também estava fechado o memorial Tancredo Neves, mas visitamos o cemitério onde ele foi enterrado, claro que eu lembrei que todo o ritual foi transmitido pela televisão na época e foi muito bacana conhecer o local pessoalmente. Ai que saudades de Minas!

Roma

Palatino
Dentro do complexo, Palatino, Fórum e Coliseu, iniciamos pelo Palatino. Ele abria mais cedo e foi muito bom, porque as longas distâncias estão ali, além do que estava vazio e isso ajudou muito mais a curtir a visita. As ruínas do Palatino são imensas, existe também um museu dentro do Palatino com algumas obras bem interessantes, além de peças de parte de decoração de algumas obras do lugar. Muito ainda estava sendo restaurado e estudado, deve ser sensacional ser arqueólogo em Roma, aliás, acho que deve ser o lugar ideal para ser arqueólogo. Também gostei muito das flores existentes ali, imagine na época como era um local bonito! A sorte é que fomos na primavera e é a estação em que elas estão mais felizes mesmo. Enfim, muito interessante este passeio e acho que é imperdível juntamente com o Fórum Romano e o Coliseu, além de ser possível fazer os três no mesmo dia e claro utilizar aí sim o Roma Pass para não pegar fila.

Paris

Museu do Louvre
Eu queria na verdade fazer parte da campanha "Eu quero morar no Louvre", rsss, pelo menos por uns dois meses para ver tudo com calma. O fato que o museu do Louvre é um museu impressionante e maravilhoso, local para ser visitado diversas vezes. A emoção de estar ali é enorme, ainda mais para quem nos primórdios da internet fez a visita virtual ao museu e já achou que estava bom! Imagine, pessoalmente é tudo mais grandioso, mais bonito, mais emocionante. Obras clássicas e outras nem tanto, das galerias de arte do século XVII, passando pelos aposentos de Napoleão III, chegando na ala egípcia, enfim, sem contar todas aquelas obras que estão lotadas de turistas em frenesi. Para ver a Monalisa foi um suplício da primeira vez, aí voltamos ao museu, para fazer o "arrastão final" num domingo que era a final da Tour de France. Merci Tour de France, o museu estava vazio e pudemos vê-lo bem melhor, além de explorar outras alas que mesmo num dia inteiro não deu tempo. O bacana tbm é ir nos dias que o museu fecha vinte e uma horas! Passamos o dia todo no Louvre e foi ótimo! O detalhe que contribui para que toda esta visita fosse inesquecível deve-se ao fato de que o hotel em que estavamos hospedados era praticamente ao lado do Louvre. Foi possível sair do museu, almoçar, escovar os dentes, esticar as pernas e voltar para a maratona! Um luxo, não? Entrar e sair do Louvre assim, praticamente sem pegar fila, tbm foi graças ao Paris Pass, que não me canso de elogiar. Que maravilha entrar e sair dos museus assim! Amei visitar o Louvre, museu divino, mesmo cheio de gente, a atmosfera do local consegue te absorver completamente. No final, ainda respondemos uma pesquisa de opinião sobre o museu e adivinhem? Tinha um questionário em português! Quanto respeito aos turistas que falam português. É claro que a funcionária não sabia falar português fluente, mas com o português dela e o nosso francês respondemos as questões sobre o grau de satisfação em relação ao museu. Visita incrível, mas jamais definitiva, aliás, quero voltar ao Louvre!

Niterói

Fortaleza Histórica de Santa Cruz
Este é sem dúvida um dos fortes mais bonitos do Brasil. A Fortaleza de Santa Cruz em Niterói é muito bem preservada e é muito utilizada em filmes e minisséries de tv em que reconstituições históricas em que o local aparece são retratadas. Construída por volta de 1555, possui dois andares com canhões circulares e com 41 casamatas. O problema como sempre é que está nas mãos do exército que poderia saber utilizar mais seu potencial turístico. As visitas têm um período muito curto, é preciso seguir um guia, só durante a tarde, enfim, poderia ser muito melhor. A vista da fortaleza é privilegiada, toda a baía de Guanabara pode ser apreciada dali. Sua importância no período colonial é evidente, como ponto estratégico para defesa do Rio de Janeiro. Outra função do forte era o de prisão, esta parte da visita é sensacional, pois como aparece na primeira foto, as celas eram baixas e com pouca ventilação, sendo que a mais embaixo era sujeita a variação das marés, ou seja, o prisioneiro morria afogado tbm. O guia nos contou que existem mais celas numa parte mais avançada do forte, que tbm tem essa função de afogar o prisioneiro. No século XX ela ainda foi usada como prisão e até o ex presidente JK ficou preso ali, e embora não tenha ficado nestas celas, ele deve ter sofrido imensamente com a umidade do local. Enfim, um local para se conhecer em Niterói, pena que seja tão difícil poder conhecer todas as fortalezas da região.

Florença

Museu Nacional de São Marco
Maravilhoso entrar num museu como este! Já na entrada é possível apreciar as obras de Fra Angelico em excelente estado de conservação. Além de todos os afrescos e painéis nas paredes, é possível conhecer todos os aposentos deste mosteiro, do refeitório passando pelo claustro e na parte superior, as celas individuais dos monges. Convento dominicano do século XIII, tem seu apogeu no século XV, São Marco além de ter diversas obras de Fra Angelico, tbm foi local onde passaram importantes personalidades neste período italiano. Em especial o padre dominicano Savonarola, famoso por suas pregações e interpretações do Apocalipse, que criticando os Médicis, maiores mecenas de Florença, acaba enfrentando oposição do papa e foi sentenciado à foqgueira na Pizza della Signorina em Florença. Ainda bem que a invasão napoleônica não causou muitos danos neste lugar, nem a expropriação do mesmo pelo governo italiano que logo em seguida declarou como museu e abriu ao público. A biblioteca do convento é um espetáculo! Com diversos expositores de livros com iluminuras medievais, daquelas que a gente sempre viu nos livros e filmes, mas não tinha visto estes livros pessoalmente. Uma experiência inesquecível.

Londres

British Museum
Para quem achava que tinha visto muito nas alas egípcias do Louvre e de Florença, o British Museum mostra que vc não viu nada até conhecê-lo. Incrível a quantidade de obras que os britânicos trouxeram do Egito, acho que só não trouxeram as pirâmides por porque era impossível, caso contrário as trariam. E está tudo lá, a Pedra de Roseta e dezenas de sacórfagos e demais objetos. O Museu é magnífico, todo com legendas explicativas, todo organizado, cheio e o melhor, gratuito! O bom é que neste dia que fomos, numa quinta, ele fechava mais tarde, ou seja, era possível ver tudo com calma e aproveitar o verão londrino, já que começava a escurecer a partir das 21:00, justo no horário de fechamento do museu neste dia. Para completar, teve uma apresentação de um violoncelista e violinista em determinado momento da visita, mais uma grande sorte, já que até trilha sonora adequada tinha neste dia! Existem algumas salas que eram as bibliotecas na origem do museu, ainda são, mas estão lá agora mais como exposição, pois acredito que as obras já estejam digitalizadas. Em todo o caso é possível sentir a atmosfera do que era ser arqueólogo, pesquisador, historiador ali no século passado, sensacional enfim!

Rio de Janeiro

Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Que graça de Igreja! Construída no começo do século XVIII, a Igreja da Glória representa a arquitetura colonial no Rio de Janeiro. De dimensões harmônicas, é vista de diversos pontos da cidade, mas nunca havia chance de visitá-la. E como foi bom entrar e conhecer esta belíssima construção. No seu interior existem magníficos azulejos portugueses, ou melhor, azulejos brancos-azuis lisboetas, em que temas bíblicos são retratados. A entrada da igreja para visitação é pela sacristia, e ela própria já é uma beleza para se admirar. Agora eu entendo porque a família real gostava tanto da Igreja, e porque Machado de Assis também falava tanto dela nos seus livros. Parece que ela foi recentemente restaurada e acho que o dinheiro foi muito bem gasto. Existe também no prédio atrás da Igreja um museu da irmandade, mas infelizmente este ainda estava em reforma. Em todo o caso, valeu muito a pena conhecer enfim esta preciosidade no Rio de Janeiro.