Olinda

Basílica e Mosteiro de São Bento
Olinda é uma cidade muito bonita, com um vasto e até que preservado patrimônio arquitetônico. Dentre as diversas igrejas, destaco neste post o Mosteiro de São Bento, construído no século XVI, mas como um dentre outros prédios da cidade, destruído em parte na ocupação holandesa e reconstruído no século XVIII. Exemplo do barroco brasileiro, seu altar é todo em madeira coberta de ouro, com imagens do padroeiro São Bento. Como todo mosteiro ou igreja dedicada ao santo, nesta também vc entra e é surpreendido pelo canto gregoriano que os padres deixam tocar em cds para amplificar o "clima" do espaço. Encontramos muitos turistas estrangeiros neste local, não é por acaso, realmente a visita é essencial. Para chegar em Olinda também foi muito fácil, a partir do site do ônibus Recife é fácil e barato estabelecer o itinerário e em 40 minutos se chega a belíssima cidade de Olinda e pode-se desfrutar de suas ladeiras. Fico imaginando como fica tudo aquilo no famoso carnaval de Olinda, sinceramente, uma experiência que eu dispenso, kkk.

Buenos Aires

Cemitério de La Recoleta
Imperdível passear por este museu a céu aberto em Buenos Aires. Além do famoso e mais concorrido túmulo de Evita, o cemitério tem mausoléus magníficos, estátuas maravilhosas e detalhes pitorescos que fazem do passeio um dos mais inesquecíveis na cidade. Com certeza La Recoleta só não é mais famoso que o Père Lachaise em Paris, suas sepulturas e mausoléus pretendiam ser para a burguesia portenha da segunda metade do século XIX a continuidade na cidade dos mortos, do luxo e ostentação da cidade dos vivos. Vários mausoléus chamam a atenção pela sua riqueza de detalhes, pela sua importância e por suas curiosidades. Na entrada do cemitério existe uma vendedora de mapas do mesmo, e claro que existe um em português que vale muito a pena para se localizar naquela cidade. Destaquei nesta postagem alguns túmulos muito legais, o da família Duarte onde está Eva Perón, sempre com flores depositadas por turistas, o Mausoléu dos Mortos na Guerra do Paraguai, que possui corpos de alguns brasileiros, uruguaios e argentinos mortos no conflito. Um túmulo chamou a atenção, em tempos em que o próprio facebook exlcui usuárias que postam fotografias de mulheres amamentando bebês por suposta pornografia, o escultor resolveu homenagear um médico ginecologista com a figura de uma mãe, amamentando, muito interessante. Outro detalhe q chama muito a atenção para qualquer visitante do cemitério é a característica dos argentinos de deixarem o caixão a mostra em determinados mausoléus. Para nós isso seria impensável, para eles é bastante comum.

Ilha de Anhatomirim

Fortaleza de Santa Cruz do Anhatomirim
O melhor local para se pegar um barco até a Ilha do Anhatomirim é na cidade de Governador Celso Ramos, perto de Florianópolis. A cidade é muito agradável, pena que a maioria das pousadas são mais para caro do que para barato. Mas dois ou três dias é suficiente para curtir as belas paisagens do lugar e saborear a melhor ostra do Brasil. Existem muitos barqueiros que fazem a travessia até a ilha, alguns cobram 30 reais por pessoa, o problema é ter que esperar mais passageiros. Pegamos um barqueiro muito simpático que cobrou 100 reais pelo passeio e achei bem justo. São cerca de 20 ou 30 minutos até a ilha. A Fortaleza foi concluida em 1744 e atualmente ela é administrada pela UFSC que conserva esta e outras fortalezas da região de maneira competente. A Fortaleza é uma espécie de mini cidade, com diversos prédios, todos em excelente estado de conservação e que permitem a visita e completo entendimento da função do local em diversos períodos históricos. Tudo bem legendado e contextualizado. Na década de 60 do século XX ela foi totalmente abandonada e por isso bastante depredada pelas populações vizinhas, e sua reabertura a visitação só foi possível graças a este convênio com a UFSC com o projeto dos anos 90 de Fortalezas Históricas, das quais conhecemos também a magnífica Fortaleza de Ponta Grossa em Florianópolis. Uma manhã muito agradável que passamos ali, um passeio imperdível no belíssimo litoral catarinense.

Lisboa

Museu Nacional de Arte Antiga
Foi adorável conhecer um pouco de Lisboa. Um dos lugares incríveis na cidade é o Museu de Arte Antiga. Quando visitamos este epaço estava em exposição as tapeçarias de Pastrana. O acervo estava na Espanha e tinha sido devolvido há pouco tempo. Uma obra grandiosa e imperdível. Como todo bom museu, também havia o suporte audiovisual em que detalhes da obra e do contexto de sua realização eram esmiuçados. Mas não só desta maravilha vive o acervo do Museu. Muitas obras clássicas estão lá, inclusive o famoso As tentações de Santo Antão de Bosch, obra magnífica. Além de quadros de autores desconhecidos, mas igualmente incríveis e que foram utilizados em diversos suportes, como o caso da obra de meados de 1510-1520, Inferno. Chegamos no museu na hora que eu acho perfeita, antes dele abrir. Os funcionários são extremamente gentis e é possível fotografar, o que eu penso que é uma vantagem, quando mais uma obra fica associada a determinado museu, mas difícil fica para a criminalidade especializada em roubos de obras de arte. Infelizmente por aqui a mentalidade é o contrário.

Recife

Casa de Gilberto Freyre
Recife tem muitos problemas, mas um dos lugares mais interessantes que a cidade oferece com certeza é a Casa Museu Gilberto Freyre nos Apipucos. Um ponto muito positivo em Recife é o site ônibus Recife que te passa o itinerário de ônibus que vc deve pegar para se deslocar. Usamos este site e saímos de Boa Viagem para Apipucos e foi muito fácil encontrar a Casa de Gilberto Freyre. Existe um guia no museu que te acompanha em todos os cômodos da casa, com informações úteis e que tbm te deixam à vontade para explorar o lugar. Geralmente detesto visitas guiadas, elas interferem na minha visita, rss, mas desta vez achei bem legal a presença da guia, bem treinada e pronta para responder dúvidas. O único problema do lugar é que é proibido fotografar, acho isso uma pena. Além da casa, existe um pequeno bosque onde se encontram os mausoléus de Gilberto Freyre e da esposa. Bem interessante, com murais com desenhos referentes a obra Casa Grande e Senzala, muito bonitos. Ainda existe uma livraria na saída do lugar, impossível sair dali sem comprar alguma coisa. Compramos diversas obras do mestre ali, só achei que poderíam valorizar mais com um pequeno adesivo escrito que a obra foi adquirida na Casa de Gilberto Freyre, seria muito mais charmoso e bacana para quando vc abrisse o livro muitos anos depois.

Amsterdam

Museu Van Gogh
Amsterdam é uma experiência única.Uma cidade racional, em um país racional num planeta irracional. Muito segura e alegre, a cidade encanta assim que vc chega nela. Como em outras grandes capitais européias, o ideal é pegar um trem do Aeroporto de Schipol para a estação central e de lá pegar um táxi para o hotel. Muito mais rápido e barato do que pegar o táxi direto do aeroporto. Consta no guia da cidade que Amsterdam possui cerca de 400 museus, muito museu para qualquer viagem normal, mas é possível escolher os principais e desfrutar de magníficos acervos deles. O ideal é comprar o Amsterdam Card, vale por 72 horas e além da entrada em mais de 30 museus, dá desconto em outros 30, direito ao uso do transporte coletivo de graça no mesmo período (inclusive o barco ônibus)e descontos em alguns restaurantes. Engraçado como a gente sempre acha que vai ser difícil usar todas estas facilidades, mas desta vez usamos inclusive o desconto no restaurante e como encontramos turistas que fizeram o mesmo. Maravilhoso e imperdível é o Museu Van Gogh! Ainda que antes de conhecê-lo li em muitos blogs e sites, comentários de pessoas que se diziam decepcionadas com o acervo do museu, dizendo que suas principais obras estão no D'Orsay em Paris e outros museus. Eu acho que realmente existem obras de Van Gogh espalhadas em vários museus, a mais importantes devem estar mesmo em Paris, mas mesmo assim visitar o museu do artista em Amsterdam vale muito a pena. Tinha lido no avião uma biografia do Van Gogh e digo que me emocionei ao ver de perto obras tão significativas do artista. O museu é muito bom e visitamos ele duas vezes para ter calma e ver tudo em detalhes. No subsolo tem um sala de projeção com um pequeno documentário sobre a vida de Van Gogh muito esclarecedor. É proibido fotografar, mesmo assim, até que descobrissemos tal restrição fizemos algumas fotos. Como sempre os holandeses educadíssimos foram até para turistas sem noção delicados ao avisar da proibição. Em nenhuma das cidades européias que conheci encontrei pessoas tão amáveis, dizendo bom dia, boa tarde, boa noite, muito obrigada, e tenha um ótimo dia, como é bom ser bem tratado. Saudades de Amsterdam.

Greenwich

Existem muitos passeios imperdíveis para se fazer nos arredores de Londres. Como o tempo é sempre curto, optamos por escolher um deles, ir até Greenwich. Primeiro que é um passeio diferente porque é necessário pegar ou um Clipper, barco mais rápido até lá, mas como queríamos pagar de turista mesmo, huahuahua, decidimos pegar um dos cruzeiros pelo Tâmisa saindo ali da London Eye. Já pelo passeio vc pode observar a cidade de um ponto de vista bacana. Com algumas intervenções interessantes do guia, que tinha um sotaque incompreensível de irlandês e que como todo guia turístico na verdade queria virar um comediante, daquele humor inglês que também não é muito engraçado para a gente, rsss. Enfim, depois de 50 minutos mais ou menos chegamos em Greenwich e fomos direto para o Museu Nacional Marítimo. O Museu é muito legal, mas confesso que me decepcionei, achei que pela tradição britânica com a questão naval seria algo estraordinário, e acabei achando que o Museu Marítimo de Paris é muito melhor. Na saída tive uma pequena confirmação disso, tinha uma plaquinha falando de uma exposição que estava lá e tinha parcerinha com o Museu Marítimo de Paris, tá vendo? Os parisienses sabem fazer um museu e acabam até ensinando aqueles que deveriam ser os maiores experts neste assunto específico. O Museu assim mesmo é muito interessante, é gratuito, outra vantagem imbatível e de lá vc continua o passeio em Greenwich indo até o Observatório Astronômico Real e a Queen's House. É um espaço bem legal, lotado de turistas e parece que os locais também gostam de levar as crianças para brincarem nos imensos gramados, além de vários jogadores de futebol e de rúgbi. Lá fica o famoso Meridiano de Greenwich e aí de novo não tem como não lembrar das aulinhas de geografia. É muito interessante o museu, e todas as instalações. Quanto à foto clássica do meridiano, um pé no oriente e outro no ocidente, não fiz, porque não ficaria perdendo tempo de mais ou menos meia hora na fila, que é sempre imensa! Mas fiz uma na frente deste ponto tão famoso, estive lá e pronto! Por último passamos na Queen's House que possui um acervo bem interessante de pinturas com o tema naval. O espaço é bem organizado e foi uma maneira bacana de conhecer o lugar. A única mancada total do passeio não foi nossa culpa, mas o Cutty Sark estava fechado para reformas! Lástima total! Mas também motivo para voltar para Londres. Tivemos uma sorte incrível, na hora de voltar caiu uma chuva torrencial, fiquei com pena dos turistas que estavam chegando naquele horário, ufa que bom que pegamos o primeiro cruzeiro, porque as distâncias lá não são tão pequenas. Mas é aquela história, pegar chuva em Greenwich não tem preço, rsss.