Greenwich

Existem muitos passeios imperdíveis para se fazer nos arredores de Londres. Como o tempo é sempre curto, optamos por escolher um deles, ir até Greenwich. Primeiro que é um passeio diferente porque é necessário pegar ou um Clipper, barco mais rápido até lá, mas como queríamos pagar de turista mesmo, huahuahua, decidimos pegar um dos cruzeiros pelo Tâmisa saindo ali da London Eye. Já pelo passeio vc pode observar a cidade de um ponto de vista bacana. Com algumas intervenções interessantes do guia, que tinha um sotaque incompreensível de irlandês e que como todo guia turístico na verdade queria virar um comediante, daquele humor inglês que também não é muito engraçado para a gente, rsss. Enfim, depois de 50 minutos mais ou menos chegamos em Greenwich e fomos direto para o Museu Nacional Marítimo. O Museu é muito legal, mas confesso que me decepcionei, achei que pela tradição britânica com a questão naval seria algo estraordinário, e acabei achando que o Museu Marítimo de Paris é muito melhor. Na saída tive uma pequena confirmação disso, tinha uma plaquinha falando de uma exposição que estava lá e tinha parcerinha com o Museu Marítimo de Paris, tá vendo? Os parisienses sabem fazer um museu e acabam até ensinando aqueles que deveriam ser os maiores experts neste assunto específico. O Museu assim mesmo é muito interessante, é gratuito, outra vantagem imbatível e de lá vc continua o passeio em Greenwich indo até o Observatório Astronômico Real e a Queen's House. É um espaço bem legal, lotado de turistas e parece que os locais também gostam de levar as crianças para brincarem nos imensos gramados, além de vários jogadores de futebol e de rúgbi. Lá fica o famoso Meridiano de Greenwich e aí de novo não tem como não lembrar das aulinhas de geografia. É muito interessante o museu, e todas as instalações. Quanto à foto clássica do meridiano, um pé no oriente e outro no ocidente, não fiz, porque não ficaria perdendo tempo de mais ou menos meia hora na fila, que é sempre imensa! Mas fiz uma na frente deste ponto tão famoso, estive lá e pronto! Por último passamos na Queen's House que possui um acervo bem interessante de pinturas com o tema naval. O espaço é bem organizado e foi uma maneira bacana de conhecer o lugar. A única mancada total do passeio não foi nossa culpa, mas o Cutty Sark estava fechado para reformas! Lástima total! Mas também motivo para voltar para Londres. Tivemos uma sorte incrível, na hora de voltar caiu uma chuva torrencial, fiquei com pena dos turistas que estavam chegando naquele horário, ufa que bom que pegamos o primeiro cruzeiro, porque as distâncias lá não são tão pequenas. Mas é aquela história, pegar chuva em Greenwich não tem preço, rsss.

São João del Rey

Igreja de São Francisco de Assis, Ruas, Estação
Começamos nossa tour pelo barroco mineiro em São João del Rey. Muito tranquilo de se chegar saindo de Curitiba. O problema é que chovia o tempo todo, foi difícil fazer algum passeio num tempo daqueles, mas conseguimos ver a maravilhosa Igreja de São Francisco de Assis. Eu achei emocionante ver pela primeira vez ao vivo uma obra que foi planejada por Aleijadinho! A concepção arquitetônica da Igreja é genial, ainda que sua execução não tenha seguido toda a idéia original do mestre. São João del Rey ainda tem outras igrejas igualmente graciosas, além da população ser gentil e mesmo quando se visita uma igreja as pessoas percebendo que é um turista acabam chamando a atenção para uma ou outra obra importante da igreja, eles sentem orgulho daquilo tudo. E devem se orgulhar mesmo, a casa de Bárbara Heliodora também é um museu bem interessante, além da Estação Ferroviária que é uma gracinha. Não fizemos o passeio de Maria Fumaça até Tiradentes, mas ficará para uma próxima ocasião. Também estava fechado o memorial Tancredo Neves, mas visitamos o cemitério onde ele foi enterrado, claro que eu lembrei que todo o ritual foi transmitido pela televisão na época e foi muito bacana conhecer o local pessoalmente. Ai que saudades de Minas!

Roma

Palatino
Dentro do complexo, Palatino, Fórum e Coliseu, iniciamos pelo Palatino. Ele abria mais cedo e foi muito bom, porque as longas distâncias estão ali, além do que estava vazio e isso ajudou muito mais a curtir a visita. As ruínas do Palatino são imensas, existe também um museu dentro do Palatino com algumas obras bem interessantes, além de peças de parte de decoração de algumas obras do lugar. Muito ainda estava sendo restaurado e estudado, deve ser sensacional ser arqueólogo em Roma, aliás, acho que deve ser o lugar ideal para ser arqueólogo. Também gostei muito das flores existentes ali, imagine na época como era um local bonito! A sorte é que fomos na primavera e é a estação em que elas estão mais felizes mesmo. Enfim, muito interessante este passeio e acho que é imperdível juntamente com o Fórum Romano e o Coliseu, além de ser possível fazer os três no mesmo dia e claro utilizar aí sim o Roma Pass para não pegar fila.

Paris

Museu do Louvre
Eu queria na verdade fazer parte da campanha "Eu quero morar no Louvre", rsss, pelo menos por uns dois meses para ver tudo com calma. O fato que o museu do Louvre é um museu impressionante e maravilhoso, local para ser visitado diversas vezes. A emoção de estar ali é enorme, ainda mais para quem nos primórdios da internet fez a visita virtual ao museu e já achou que estava bom! Imagine, pessoalmente é tudo mais grandioso, mais bonito, mais emocionante. Obras clássicas e outras nem tanto, das galerias de arte do século XVII, passando pelos aposentos de Napoleão III, chegando na ala egípcia, enfim, sem contar todas aquelas obras que estão lotadas de turistas em frenesi. Para ver a Monalisa foi um suplício da primeira vez, aí voltamos ao museu, para fazer o "arrastão final" num domingo que era a final da Tour de France. Merci Tour de France, o museu estava vazio e pudemos vê-lo bem melhor, além de explorar outras alas que mesmo num dia inteiro não deu tempo. O bacana tbm é ir nos dias que o museu fecha vinte e uma horas! Passamos o dia todo no Louvre e foi ótimo! O detalhe que contribui para que toda esta visita fosse inesquecível deve-se ao fato de que o hotel em que estavamos hospedados era praticamente ao lado do Louvre. Foi possível sair do museu, almoçar, escovar os dentes, esticar as pernas e voltar para a maratona! Um luxo, não? Entrar e sair do Louvre assim, praticamente sem pegar fila, tbm foi graças ao Paris Pass, que não me canso de elogiar. Que maravilha entrar e sair dos museus assim! Amei visitar o Louvre, museu divino, mesmo cheio de gente, a atmosfera do local consegue te absorver completamente. No final, ainda respondemos uma pesquisa de opinião sobre o museu e adivinhem? Tinha um questionário em português! Quanto respeito aos turistas que falam português. É claro que a funcionária não sabia falar português fluente, mas com o português dela e o nosso francês respondemos as questões sobre o grau de satisfação em relação ao museu. Visita incrível, mas jamais definitiva, aliás, quero voltar ao Louvre!

Niterói

Fortaleza Histórica de Santa Cruz
Este é sem dúvida um dos fortes mais bonitos do Brasil. A Fortaleza de Santa Cruz em Niterói é muito bem preservada e é muito utilizada em filmes e minisséries de tv em que reconstituições históricas em que o local aparece são retratadas. Construída por volta de 1555, possui dois andares com canhões circulares e com 41 casamatas. O problema como sempre é que está nas mãos do exército que poderia saber utilizar mais seu potencial turístico. As visitas têm um período muito curto, é preciso seguir um guia, só durante a tarde, enfim, poderia ser muito melhor. A vista da fortaleza é privilegiada, toda a baía de Guanabara pode ser apreciada dali. Sua importância no período colonial é evidente, como ponto estratégico para defesa do Rio de Janeiro. Outra função do forte era o de prisão, esta parte da visita é sensacional, pois como aparece na primeira foto, as celas eram baixas e com pouca ventilação, sendo que a mais embaixo era sujeita a variação das marés, ou seja, o prisioneiro morria afogado tbm. O guia nos contou que existem mais celas numa parte mais avançada do forte, que tbm tem essa função de afogar o prisioneiro. No século XX ela ainda foi usada como prisão e até o ex presidente JK ficou preso ali, e embora não tenha ficado nestas celas, ele deve ter sofrido imensamente com a umidade do local. Enfim, um local para se conhecer em Niterói, pena que seja tão difícil poder conhecer todas as fortalezas da região.

Florença

Museu Nacional de São Marco
Maravilhoso entrar num museu como este! Já na entrada é possível apreciar as obras de Fra Angelico em excelente estado de conservação. Além de todos os afrescos e painéis nas paredes, é possível conhecer todos os aposentos deste mosteiro, do refeitório passando pelo claustro e na parte superior, as celas individuais dos monges. Convento dominicano do século XIII, tem seu apogeu no século XV, São Marco além de ter diversas obras de Fra Angelico, tbm foi local onde passaram importantes personalidades neste período italiano. Em especial o padre dominicano Savonarola, famoso por suas pregações e interpretações do Apocalipse, que criticando os Médicis, maiores mecenas de Florença, acaba enfrentando oposição do papa e foi sentenciado à foqgueira na Pizza della Signorina em Florença. Ainda bem que a invasão napoleônica não causou muitos danos neste lugar, nem a expropriação do mesmo pelo governo italiano que logo em seguida declarou como museu e abriu ao público. A biblioteca do convento é um espetáculo! Com diversos expositores de livros com iluminuras medievais, daquelas que a gente sempre viu nos livros e filmes, mas não tinha visto estes livros pessoalmente. Uma experiência inesquecível.

Londres

British Museum
Para quem achava que tinha visto muito nas alas egípcias do Louvre e de Florença, o British Museum mostra que vc não viu nada até conhecê-lo. Incrível a quantidade de obras que os britânicos trouxeram do Egito, acho que só não trouxeram as pirâmides por porque era impossível, caso contrário as trariam. E está tudo lá, a Pedra de Roseta e dezenas de sacórfagos e demais objetos. O Museu é magnífico, todo com legendas explicativas, todo organizado, cheio e o melhor, gratuito! O bom é que neste dia que fomos, numa quinta, ele fechava mais tarde, ou seja, era possível ver tudo com calma e aproveitar o verão londrino, já que começava a escurecer a partir das 21:00, justo no horário de fechamento do museu neste dia. Para completar, teve uma apresentação de um violoncelista e violinista em determinado momento da visita, mais uma grande sorte, já que até trilha sonora adequada tinha neste dia! Existem algumas salas que eram as bibliotecas na origem do museu, ainda são, mas estão lá agora mais como exposição, pois acredito que as obras já estejam digitalizadas. Em todo o caso é possível sentir a atmosfera do que era ser arqueólogo, pesquisador, historiador ali no século passado, sensacional enfim!

Rio de Janeiro

Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Que graça de Igreja! Construída no começo do século XVIII, a Igreja da Glória representa a arquitetura colonial no Rio de Janeiro. De dimensões harmônicas, é vista de diversos pontos da cidade, mas nunca havia chance de visitá-la. E como foi bom entrar e conhecer esta belíssima construção. No seu interior existem magníficos azulejos portugueses, ou melhor, azulejos brancos-azuis lisboetas, em que temas bíblicos são retratados. A entrada da igreja para visitação é pela sacristia, e ela própria já é uma beleza para se admirar. Agora eu entendo porque a família real gostava tanto da Igreja, e porque Machado de Assis também falava tanto dela nos seus livros. Parece que ela foi recentemente restaurada e acho que o dinheiro foi muito bem gasto. Existe também no prédio atrás da Igreja um museu da irmandade, mas infelizmente este ainda estava em reforma. Em todo o caso, valeu muito a pena conhecer enfim esta preciosidade no Rio de Janeiro.

Londres

Palácio de Buckingham
Visitar Londres é a realização de um sonho. Quem nunca pensou em conhecer todos os monumentos, museus, prédios,parques, ruas e até faixas de segurança famosas da cidade? Ao chegar em Londres a primeira destas inúmeras atrações a ser visitadas foi o Palácio de Burckingham. Pela sensacional localização do nosso hotel, na rua do Palácio, em poucos minutos já estavamos lá. E que muvuca! Toda a hora que passavamos lá estava cheio de turistas, de manhã, tarde ou noite. Outra grande vantagem, visitar Londres em julho porque só escurece depois das 21 horas, ou seja, dá para camelar muito e aproveitar todas as paisagens que a cidade oferece. Ver os soldados da rainha e sua coreografia tbm é muito interessante. Não conseguimos ver a troca de guarda, era só pela manhã, quem sabe outra vez com mais tempo? Ainda que em julho teoricamente o verão inglês mesmo é bem no final, e no mês de agosto. Por isso também não conseguimos visitar alguns aposentos do Palácio que são abertos neste período, enquanto a família real está em férias em outros palácios. Enfim, Londres como Paris e Roma são cidades que precisam de muitas viagens.

Roma

Mercado de Trajano
Do século II, o complexo arquitetônico conhecido como Mercado de Trajano é um passeio imperdível em Roma. Foi uma espécie de shopping center do período imperial e até hoje é possível imaginar como era o comércio nos boxes preservados no espaço. Em cada um dos quatro andares eram comercializados diversos ítens, de jóias à frutos do mar, de armas até especiarias, além de contar com vários escritórios da burocracia romana. As ruínas são imensas e o tempo todo eu pensava em como deve ser maravilhoso ser arqueólogo em Roma, pois em algumas áreas ainda se faz escavações. Como os complexos do outro lado da rua, o fórum romano e o palatino, estas construções do mercado também eram ricamente decoradas no seu auge, com saques e destruições que ocorreram até que os edifícios estão bem preservados. Na entrada esta uma exposição de cinema italiano, também é interessante perceber como eles ocupam estes espaços históricos com exposições diversas.

Porretta Terme

Rio Reno em Porretta Terme
Este realmente é um lugar que não se encontra em qualquer mapa da Itália. Aliás, se não fosse por ter sido um quartel general da FEB durante a Segunda Guerra Mundial provavelmente jamis teríamos ido parar nesta pitoresca cidade da província de Bologna na Itália. O fato é que a cidade tem lá seus atrativos turísticos para a região. Como o próprio nome informa, trata-se de uma cidade das águas, com termas famosas e antigas. Ou seja, a alta temporada lá é no verão, ou inversamente no alto inverno, já que é uma região montanhosa e o esporte do ski é muito popular por lá. Não foi este nosso caso, fomos na primavera e estava muito frio, mas graças a Deus não nevou em Porretta, apenas as formações de gelo na estrada para Montese como já comentei. Nos hospedamos no Hotel Roma e foi muito diferente. É um hotel muito antigo, todo estilo anos 50, e parece que o público alvo é de idosos, pois no box do chuveiro tinha até uma banqueta daquelas para banho. A cidade é muito pequena, tem um restaurante e uma sorveteria, que estava fechada porque eu acho que só abre no verão. O estranho também é o Rio Reno de Porretta, cheio de pedras porque era época da estiagem, mas encontramos duas vezes pessoas pescando naquela água extremamente gelada. O bom da cidade é que é um ponto em que existe uma estação de trem e neste caso é o que basta para vc se ligar aos outros lugares da Itália. Também sua posição é privilegiada para conhecer os campos de batalha que a FEB lutou, fica próximo e não é tão isolada como Montese. Mas definitivamente, tendo Florença, Roma, Veneza e tantas outras cidades para conhecer melhor, não é um lugar que se pretenda voltar um dia.

Paris

Conciergerie
Situada na Ile de la Cité, a Conciergerie é outro ponto essencial na visita a Paris. A gente já tem uma vista linda do antigo palácio do rio Sena, mas entrar nele é muito melhor. Foi palácio de São Luís e depois virou prisão, sendo que a mais ilustre hóspede foi Maria Antonieta. Existe a reconstituição muito bem feita da cela onde Maria Antonieta ficou presa até sair para ser guilhotinada. A foto corresponde a Sala das Armas, que era o refeitório do pessoal do rei, uma sensação incrível de como era a vida medieval é possível sentir neste local.

Ilhabela

Canal de São Sebastião
Muito lindo o litoral norte de São Paulo. Só a viagem de Paraty até São Sebastião é ótima porque as paisagens são maravilhosas. Para ir para Ilhabela é preciso pegar uma balsa, nada muito demorado. O problema da ilha é que toda a orla foi privatizada, com mansões,hotéis, restaurantes, ou seja, não existe uma beira-mar onde se possa caminhar. O grande atrativo do lugar com certeza é a famosa Semana de Vela, e por incrível que pareça foi a única vez que vimos um hobby cat 14 velejando. Existem muitas escolinhas de vela lá em Ilhabela e deve ser muito legal velejar com aquela paisagem de montanhas e mar.

Florianópolis

Fortaleza de São José da Ponta Grossa
Para mim um das melhores fortalezas preservadas no Brasil, passou a ser administrada pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1992. Lá se encontram exposições temporárias, há a valorização dos métodos construtivos da arquitetura, enfim, uma série de detalhes que demonstram que existe técnica museológica e que realmente há interesse na preservação. Além disso, existe uma lojinha de souvenirs do forte, com réplicas de canhões, parece um detalhe, mas quando a gente vai para a Europa e percebe que isso é o básico de qualquer museu é de surpreender que no Brasil exista só um local histórico que faça isso. Além é claro do visual maravilhoso da fortaleza, da incrível praia do forte por onde chegamos, dos restaurantes à beira mar que vendem as melhores ostras que já comi, uma passeio muito legal. Pena que não tinha sol neste dia, depois descobri que Florianópolis é a capital mais nublada do Brasil, aí seria difícil mesmo conseguir um dia ensolarado.

Florença

Ponte Vecchio
É na Ponte Vecchio que é possível perceber como era uma cidade medieval mesmo. Em Paris vimos muitas representações de pontes em que haviam construções no passado, e claro, foram demolidas com a reestruturação das cidades. Em Florença esta ponte permaneceu, embora na origem fosse de madeira e tivesse sido destruída por uma cheia do Rio Arno. Foi reconstruída em 1345 pelo famoso arquiteto Taddeo Gaddi, com três arcos. Desde essa época até hoje a ponte abriga joalherias. É uma muvuca passar por ela, porque hoje além das charmosas lojas existem vários ambulantes e seu eclético comércio exposto no chão na ponte. É de se imaginar a sorte que Florença teve ao não ser bombardeada pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Acredita-se que o próprio Hitler teria ordenado não destruir a Ponte Vecchio. Existe a lenda dos cadeados em que vc colocaria o nome do amor de sua vida, fecharia o cadeado na entrada na ponte e jogaria as chaves no Rio Arno para ficarem juntos para sempre. Como esta tradição não rendia muito à prefeitura, diferente das moedinhas na Fontana di Trevi, além de prejudicar o rio, hoje em dia é proibida a prática, com multa de 50 euros. Não sei se são resquícios dessa mania, mas vimos num ponto vários cadeados fechados, deveriam ser anteriores à proibição.

Roma

Coliseu
Um dos símbolos de Roma, visitar o Coliseu é incrível! Chegamos bem cedo, já tinha fila das excursões de japoneses, mas aí revolvemos ir primeiro no Palatino e Fórum. Quando chegamos ao Coliseu a fila estava maior ainda, mas para isso tinha o Roma Pass. Já falei aqui que ele não se compara ao Paris Pass que é muito mais aceito e que tem opção de dias para visitar os museus. O Roma Pass ao contrário, vale por 3 dias, em 3 lugares, eu acabei dando aquela do jeitinho brasileiro e insisti para ter desconto no que seria já a nossa 5 ou 6 visita com o passe. É muito mais desorganizado do que em Paris, nem todos os lugares aceitam e alguns dão um desconto que nem é tão bom. O pior é que o Palácio de Exposições na Via Nazionale, ao lado do quiosque q vende o Roma Pass não aceita o mesmo, fiquei muito chateada com isso, mas como tinha umas exposições de De Chirico e outros abstracionistas não nos empolgamos tanto e nem lamentamos não visitar. Ou seja, ele só é vantajoso para este circuito que é possível fazer em um dia: o Palatino, Fórum e Coliseu. Com ele vc fura a fila e entra direto, o que é realmente essencial para quem não pode perder tempo em filas. Existe um elevador no Coliseu, mas é capaz que eu usaria o elevador e deixaria de subir as escadas para curtir o ambiente né? Mesmo com certas pessoas reclamando, fomos pela escada e digo que é muito legal a sensação de chegar e ver a arena. Não adianta, acho que sou extremamente "contaminada" pelo audiovisual e não pude deixar de lembrar não só do recente Gladiador, mas dos filmes trash que passavam no sbt na minha infância, aos sábados à tarde, o chamado "Cine Épico". Aposto que ninguém lembra disso, e provavelmente não deveria, mas eu lembro e adorava ver aqueles filmes que sempre tinham cenas no coliseu. É realmente um lugar fascinante! Grandioso pessolamente como a gente imagina antes de entrar. Mesmo lotado de turistas, a gente consegue ficar horas ali observando tudo. Tem uma exposição bem legal tbm com vitrines com roupas de gladiadores e maquetes bem feitas de como era o funcionamento dos espetáculos. Vc não deixa de imaginar o esforço para aquilo tudo funcionar, os efeitos especiais, o público, etc. Depois que voltamos li que pela primeira vez o subsolo vai ser aberto ao público. Deve ser emocionante visitar o local onde ficavam os cristãos, os leões e toda a engenharia que eles utilizavam para os espetáculos. Mais um motivo para voltar a Roma, da próxima quero ver tudo que desta vez estava em reforma!

Ilha do Mel

Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres
A Ilha não perde seu encanto, toda vez que a gente volta consegue achar alguma coisa mais bonita que das outras vezes passou desapercebido. Não cheguei a conhecer a Ilha quando era mais "selvagem", por isso é impossível ter nostalgia da época que não tinha energia elétrica, que não tinha trapiche, etc. Mas confesso que fiquei chocada com a existência de hotéis com piscina na ilha. Tudo bem que conforto é bom e todo mundo gosta, mas não é um pouco absurdo ter piscina num local com tantos problemas de abastecimento na alta temporada? Além do que o perfil da Ilha sempre foi mais descontraído e certos "luxos" acabam destoando da paisagem e do astral do resto do lugar. Mas enfim, é sempre gostoso voltar e visitar a Ilha do Mel e seus pontos turísticos essenciais. Na última vez fomos bem fora de temporada, mas fiquei feliz ao saber que teria no dia seguinte um show de fandango na Fortaleza. Uma construção de 1767, a Fortaleza estava um pouco decadente nesta visita. Os canhões completamente enferrujados e sem a mínima conservação destoam de outros que estão na Fortaleza de São Francisco do Sul por exemplo. O descaso é visível e revoltante que chegamos a enviar algumas fotos para o IPHAN. Nos responderam dizendo qeu iriam fazer a manutenção das peças de artilharia. Tomara que preservem direito, já que é a única fortaleza histórica que sobrou no nosso Estado.

Paris

Rio Sena
Fazer um passeio de barco pelo Sena é absolutamente necessário quando se visita Paris. As opções são muitas, desde aquelas luxuosas e caras, até os bateaux bus que são como ônibus mesmo, custa pouco e dá para pegar mais de uma vez no mesmo dia. Nós tomamos este último claro, mas quem sabe da próxima a gente não reserva aquele que tem um jantar romântico durante o trajeto? Bom, desta vez pegamos o bateaux bus em frente ao Musée D'Orsay e fizemos a volta até o Pallais de Chaillot, onde fica a Torre Eiffel. Foi muito bom ter uma vista da cidade a partir do Rio Sena, assim é possível apreciar toda a parte antiga da cidade. Achei bem rápido como forma de deslocamento e também interessante para apreciar a paisagem. Fizemos o passeio durante a tarde, isso porque estava com meus pés sangrando e não aguentava mais caminhar. Uma de nossas malas foi perdida e ficou em São Paulo, não tinha feito a divisão correta das nossas coisas, resultado, meus calçados confortáveis ficaram na mala perdida, que chegou ao hotel 3 dias depois. Enfim, foi ótimo e também bizarro encontrar em certo ponto do Rio o que os franceses chamam de Paris Plage, ou seja, uma praia em Paris, onde as pessoas ficam tomando banho de sol em cadeiras como se faz numa praia de verdade. Meio sem sentido para nós que temos praias com areia e calor de verdade, mas como em julho é o mês de férias do parisiense eles aproveitam como podem.

Florença

Giardino di Bóboli
Um belíssimo lugar no Palácio Pitti em Florença. Os jardins de Bóboli são gigantescos, com diversas esculturas e fontes, a gruta dos Médici, a alameda dos Ciprestes e ainda a Fortaleza Belvedere e o Giardino Bardini. Enfim, um local para passar a tarde toda, fora os museus que ficam no interior no Palácio que também são interessantíssimos. O bom é que ele contrasta com o restante de Florença, que não tem muito verde, ou melhor, não tem nenhum verde. Neste dia, pegamos sol e chuva rápida, o que não interferiu na visita aos jardins. Neste local especificamente, fica o Museu da Porcelana, com peças muito bonitas e diferentes. O problema, não só deste museu, mas da maioria dos museus da Itália é que eles ainda não aprederam como os franceses a vender um genérico de Paris Pass lá. Além de não existir em Florença nada como este passaporte que vc compra em Paris e pode visitar vários museus pelo número de dias que vc compra, no Palácio Pitti a coisa é mais caótica ainda. Existia na bilheteria 3 tipos de ingresso, e nós ingenuamente compramos o mais caro porque achamos que dava direito a visitar tudo. Foi um erro, começamos pelo Giardino di Bóboli porque o tempo estava bom, depois o Giardino Bardini, quando quisemos visitar os interiores descobrimos que nosso ingresso não era válido para dois museus do Palácio! Uma pena, o pior é que a bilheteria já tinha fechado e não conseguimos voltar lá e comprar o outro ingresso. Tudo bem que foi mancada, mas eles não pensam que tem gente que quer pelo menos tentar visitar tudo? Ficamos restritos ao Museu da Porcelana e o Museu do Vestuário, mas bem que eu gostaria de conhecer os Apartamentos Reais do Palácio. Enfim, Florença é um lugar para se voltar algumas vezes.

Borgo a Mozzano

Ponte del Diavolo
Interessante cidade no vale do Rio Sercchio, Borgo a Mozzano é cercada por um lado pelos Alpes Apuanos o que dá um charme enorme à paisagem. A Ponte della Madallena, mais conhecida como Ponte del Diavolo, é uma construção medieval com arco assimétrico, provavelmente do século XIV. Sua construção é envolta em lendas, a mais conhecida seria a de que o mestre construtor não conseguiria entregar a obra no prazo e fez um acordo com o diabo, e este pediu em troca a alma do primeiro que atravessasse a ponte. Arrependido, o mestre procurou se confessar com um padre que deu a idéia de fazer um porco ser o primeiro a atravessar a ponte e assim enganaram o diabo. O curioso é que já em 1670 o conselho de Lucca proibia que se usasse a ponte no transporte de máquinas de moinho para preservar sua integridade. Em 1900 algumas adaptações foram feitas, a adição de mais um arco, para a construção de uma ferrovia em uma de suas margens. É um lugar muito bonito, que fica na região da Linea Gótica, usada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial, mas que fica para outro post.

Torres

Praia Grande
Na nossa viagem ao sul do país, resolvemos viajar pelo litoral, conhecendo lugares famosos e pitorescos. Alguns trechos da BR 101 são realmente muito complicados, depois de Florianópolis. Inclusive nos demos muito bem porque um "anjo" na forma de caminhoneiro nos avisou que uma barreira tinha caído e nos indicou um atalho por dentro de Palhoça que nos salvou de amargar horas e horas na fila de carros parados. Fora isso, alguns trechos estão sendo duplicados o que provoca uma confusão e demora quando é preciso desviar pelas marginais. Mas valeu a pena conhecer este lado do litoral sul, com belas paisagens e praias interessantes. Na divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul fica Torres, quando eu era criança tinha um livro de geografia que mostrava as fotos dos rochedos de Torres, eu realmente queria conhecer este lugar desde essa época. Realmente a praia é muito bonita, com seus paredões, mas confesso que estava um vento inclemente e que por isso permanecemos pouco tempo na cidade. A Praia Grande, da foto, é bem bizarra. As pessoas tomam sol na grama por ser mais confortável do que a areia grossa demais do lugar. Valeu conhecer, mas praia por praia fico com a nossa Itapoá aqui em Santa Catarina, limpa e não muito cheia, perfeita para curtir o sol.

Pistóia

Centro histórico de Pistóia
O centro histórico de Pistóia é muito bonitinho. É uma espécie de Florença em miniatura, tbm com suas igrejas que usam a combinação de mármore branco e verde nas suas fachadas, grande parte também é para pedestres e possui umas lojinhas bem charmosas. O Museu Cívico de Pistóia tem um acervo bem interessante de artistas da cidade dos séculos XIII e XIV, e as igrejas seguem o padrão da grandiosidade interna e um belo jardim no claustro. Pistóia estava no nosso roteiro prévio apenas como cidade onde fica o Monumento Votivo Brasileiro aos Mortos na Segunda Guerra, local onde eu faria as pesquisas para minha tese. A primeira vez que fomos até lá não pudemos conhecer nada, apenas chegamos na estação e tomamos um táxi até o Monumento. Mas depois, como sobrou uma tarde livre resolvemos conhecer esta pitoresca cidade que ainda atrai poucos turistas. E realmente foi um passeio muito agradável, e agora um comentário "gordo orientate", mas os gelatos de Pistóia, são os melhores sorvetes que experimentamos na Itália, além de serem bem baratinhos, hahaha.

Montese

Torre do Castelo de Montese
Enfim chegamos na região da Campanha do Brasil na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Ficamos hospedados em Porretta Terme, às margens do Rio Reno, uma pequena cidade que foi QG da Feb. Chegar até Montese não foi tão fácil assim em 2010, imaginem em 1944? Na nossa primeira tentativa tomamos um ônibus normal. Chovia e a temperatura caiu na vertical em menos de 40 minutos. A cidade fica a uns 900 metros de altitude, mas é muito íngreme a estrada que leva até lá. Entramos no ônibus com a temperatura de 15 graus, no termômetro do ônibus víamos que a temperatura foi caindo até chegar a 4 graus em Montese. Que frio horrível, pudemos ver o gelo se formar na estrada, com chuva caindo, isso na primavera, no inverno aquilo deve ser mil vezes pior. Existem cumes de montes que sempre têm neve. Ao chegar à cidade, tentamos em vão ir até o Castelo de Montese, não era possível ver nada da paisagem por conta da chuva torrencial. Não conseguimos permanecer ali, era um frio que nunca havia sentido, além de uma chuva congelante. O problema era esperar o outro ônibus para voltar ao hotel em Porretta Terme. Enfim, não foi uma experiência boa, mas ainda bem que no dia seguinte não estava mais chovendo e aí pegamos um táxi para visitar todos os lugares importantes da região. O astral do passeio foi totalmente outro. Conseguimos captar imagens incríveis e belíssimas da região e até visitar o museu e subir na torre do castelo de Montese. A simpatia do povo italiano naquela região foi enorme para com nós brasileiros. Até hoje eles recebem bem os brasileiros por conta da boa imagem dos nossos soldados durante a Segunda Guerra Mundial. Só os soldados brasileiros mereceram monumentos em sua homenagem espalhados por toda a região. O caso do museu foi significativo e jamais esquecerei este evento. O museu estava fechado porque só abre no verão, a cidade fica praticamente vazia fora da temporada de verão, mesmo assim o taxista foi até o escritório da prefeitura e conseguiu pegar as chaves. Resultado visitamos o Museu que possui a sala FEB e ainda subimos na torre, o que permite ter uma visão privilegiada de toda a região e compreender melhor os objetivos dos brasileiros durante a campanha. Foi muita gentileza deles, aqui mesmo sendo pesquisadores, por vezes com cartas e toda a burocracia necessária em alguns casos não conseguimos ter acesso à certas fontes. Em breve coloco outras fotos das paisagens desta magnífica região.

Vaticano

Basílica de São Pedro
Conseguimos chegar bem cedo no Vaticano. Foi ótimo porque ficar na praça de São Pedro relativamente vazia possibilita apreciar calmamente as colunas de Bernini e todas as esculturas da fachada colossal da Basílica. Era uma quarta-feira pela manhã e eu acreditava que estavamos no dia em que o papa daria sua benção, mas depois descobrimos que ele estava em viagem à Portugal. Uma pena, fica para a próxima. Em todo caso, a experiência de estar dentro da Basílica é maravilhosa. Vc se sente muito pequeno diante daquilo tudo, de todas aquelas obras de arte, da opulência, enfim vale a pena ficar muito tempo ali. Uma pena que quando fomos num dos altares laterais estava tendo uma missa em inglês, adoraria ouvir naquele lugar uma missa em italiano, seria mais convincente. A Pietá de Michelangelo está lá e para decepção nossa, com uma redoma de vidro protegendo. Depois que uma louca entrou na igreja com uma marreta e tentou destruir a escultura decidiram colocar o vidro. Uma lástima, tanta coisa útil que estes "loucos" poderiam tentar destruir e se voltam justamente para uma obra maravilhosa como esta? Mas mesmo com tanta neurose pairando nestes pontos turísticos, achei a visita bem tranquila, pegamos uma fila bem pequena e no máximo havia o básico detector de metais. Ao meio-dia a fila estava tomando a praça, enfim nada como chegar cedo, e o papa fica para a próxima.

Bertioga

Parque dos Tupiniquins
Cidade encantadora, Bertioga que faz parte do roteiro "virtual" da costa dos fortes, possui o Forte São João no canal de Bertioga a mais antiga fortaleza construída no Brasil. Um forte colonial do século XVI muito preservado e que possui no seu interior o Museu João Ramalho que tem uma exposição com objetos indígenas muito boa. No lado externo do forte existe o Parque dos Tupiniguins com interessantes esculturas representando os indios, como o chefe tubinambá Cunhambebe e a catequese de Anchieta. Existe tbm um outro forte que não estava aberto à visitação, mais um deles, que é o forte São Felipe e São Luís, que era usado como ponto de defesa contra os índios Tamoios. Ficamos pouco tempo na cidade, mas existem muitas ofertas de pousadas, ficamos numa muito boa e barata, mas não lembro o nome, rss! Saímos do Guarujá e pegamos a balsa para chegar em Bertioga, a paisagem é belíssima, um daqueles passeios que a gente aproveita até o deslocamento. Abaixo um pequeno vídeo com panorâmica do forte e do belíssimo canal.

José Saramago

"Quando o viajante sentou na areia da praia e disse, não há mais que ver, sabia que não era verdade. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra". Frase do maravilhoso José Saramago que nos deixou hoje no livro Viagem à Portugal. Sem dúvida um dos responsáveis pelas melhores viagens que fiz no mundo da leitura.

Paris

Musée de l'Armée e Hôtel des Invalides
São vários museus neste espaço que foi construído em 1670 por ordem de Luís XIV para abrigo dos inválidos de seus exércitos. Ainda hoje ele abriga alguns inválidos, inclusive encontramos um velinho em cadeira de rodas num dos jardins do museu, ai se ma français não fosse trés bizarre, hua hua hua. O fato é que um lugar gigantesco, que abriga vários museus, a catedral de Saint Louis des Invalides com sua linda cúpula, sob a qual está o túmulo de Napoleão. Nas salas do museu existem exposições magníficas. Destaque para a sala Napoleônica, os museus da primeira e da segunda guerra mundial, o chamado departamento moderno, em todos eles o acervo é muito rico com uniformes, armamentos, pinturas, objetos, diversos filmes, enfim, interminável. Ainda no complexo dos Invalides existe um museu totalmente audiovisual que é o monumento ao Charles de Gaulle, inaugurado em 2008 e que tem uma proposta bem interessante. O que eu mais gostei nos Invalides? Com certeza o museu de Armas e Armaduras! Descobri que é o terceiro acervo em número de armas antigas, ficando atrás de Viena e Madrid. Eu não conheço os dois outros acervos, mas neste dos Invalides é possível passar uma manhã inteira ali apreciando a coleção que vai do Paleolítico até o século XVII, com destaque para as incríveis armaduras medievais. Emocionante ver as armaduras dos reis Henrique II, as armaduras infantis, enfim, muito interessante a visita. A grandiosidade do museu, tanto no acervo como no tamanho, faz com que a gente se canse demais. Acho que foi o local onde fiquei realmente exausta nesta viagem, ainda que tudo seja muito interessante, chega uma hora que o corpo não aguenta. Confesso que não consegui ver direito o museu das maquetes, estava completamente pifada, mas que era igualmente valioso o acervo. E o que falar da livraria e lojinha do museu? Que perdição, um dia terei dinheiro para comprar aquelas miniaturas de soldadinhos sensacionais que são vendidas ali, um dia!

Lucca

Igreja de San Giovanni e Reparata
Muito impressionante ao chegar em Lucca é perceber que as muralhas do século XVII que cercavam a cidade estão intactas. Hoje há uma divisão entre a cidade histórica que fica dentro das muralhas e a cidade moderna, fora das muralhas. Uma gracinha de cidade, ideal para andar a pé ou de bicicleta, já que é muito plana. Também é berço do compositor Puccini, pena que o museu que fica na antiga casa de Puccini estava fechado. Tantos lugares fechados que encontramos nesta viagem à Itália mostra como existe esta preocupação em preservar o patrimônio histórico, a grande maioria dos monumentos estava em reforma, o que no fundo é um ótimo sinal. Em Lucca fica a Igreja de San Giovanni e Reparata, que como tantas outras igrejas da Itália possui suas escavações arqueológicas no subterrâneo abertas para visitação. Muito legal, entender que tudo foi construído em cima de ruínas romanas, deve ser um luxo ser arqueólogo na Itália!

Roma

Fontana di Trevi
Ponto turístico que vive cheio é um dos monumentos mais bonitos de Roma. É impressionante pensar que construções romanas do ano 19 a.C. ainda sejam utilizadas hoje em dia. Mas é o que acontece com a chamada Acqua Virgo que corre no canal no subsolo da Fontana di Trevi. O arqueduto foi construído nesta data pelo general Agripa para levar água aos banhos romanos perto do Pantheon. A Fontana di Trevi foi construída muito depois, em 1762, com esculturas de Bracci, e esta história é contada numa das partes da escultura em que são representados nos baixos-relevos uma jovem que conduz os soldados de Agripa até uma nascente e do lado esquerdo o general aprovando o projeto. Mas as figuras principais desta escultura barroca são Netuno em uma charrete puxada por cavalos-marinhos dirigidos por tritões gigantes. Mas na verdade, o que a gente lembra mesmo quando visita a Fontana di Trevi (além de jogar as moedinhas para voltar, rsss) é da cena de Anita Ekberg em La Dolce Vita de Fellini. Aliás, eu lembrei de todos os filmes que vi de Fellini nesta viagem, e principalmente do sensacional Roma 1972. Esta idéia das diferenças entre o modo de vida romano tradicional e o impacto da modernidade e da "americanidade" são constantes em ambos os filmes. E ainda hoje é possível perceber como isto ainda é forte em Roma. Não é uma cidade onde a gente encontra tanta gente com fones de ouvido e seus iPods, mp3, lan houses e coisas do tipo como por exemplo no Brasil. Eu achei muito interessante a permanência destas especificidades num mundo cada vez mais padronizado. Para quem tbm é saudosista, um pedacinho da cena de Anita Ekberg e o grande Marcello Mastroiani na Fontana di Trevi.
http://www.youtube.com/watch?v=PpcZl3OUJyk&feature=related

Praia do Rosa

Como este frio de Curitiba cansa! Pela manhã hoje estava garoando, pelo menos agora abriu um sol. Ai que saudade da praia, do calor! Falando em sol e calor nada como lembrar férias divertidas na Praia do Rosa.O litoral de Santa Catarina realmente é muito lindo e de tantos lugares bonitos a Praia do Rosa destaca-se pelo seu astral e suas belas paisagens.Estivemos lá num período antes das férias, o que certamente contribuiu para o clima de tranquilidade do lugar. São muitas opções de hospedagem, ficamos na Pousada Studios do Barão e foi sensacional. Os chalés são voltados para a lagoa e o sossego e privacidade são totais. Além de muito charmosas o pessoal da pousada é muito simpático. Um lugar encantador e que dá vontade de voltar.

Bologna

Basílica de São Petrônio
O que mais chama atenção em Bologna é a fachada nunca terminada desta igreja na Piazza Maggiore. Embora por conta do seu exterior a gente espere um interior também austero, não é isso que acontece. A igreja é suntuosa por dentro, cheia de capelas, afrescos, estátuas,(parece que é a sexta maior igreja do mundo) e a famosa a meridiana de Cassini, um grande relógio solar traçado no chão da igreja que marca as horas (horário de Roma), os minutos, os solstícios e os signos zodiacais. Por sorte o dia em que visitamos Bologna estava sol e pudemos ver bem o funcionamento deste "relógio". Pena que não se pode fotografar o interior da igreja. Achei Bologna uma gracinha, cheia de pórticos que deixam a cidade tão elegante e agradável de caminhar, protegendo os pedestres do sol e da chuva.

Pompéia

Via Dell'Abbondanza
Visitar Pompéia foi uma experiência inesquecível. As ruínas nos fornecem uma idéia do que era viver ali, com alguns templos, tabernas, mercados, termas e casas. Alguns afrescos estão até bem preservados, nesta que era uma das vias principais da cidade. Para quem tem mais de 30 e assistiu ao Acredite se quiser com o Jack Palance é impossível não lembrar do programa sobre Pompéia e sua destruição, com seus corpos petrificados. Enfim, foi sensacional ver tudo de perto. Além do Anfiteatro, da Casa do Poeta Trágico e outros lugares imperdíveis que ficam para outro post.