quarta-feira, 30 de junho de 2010
Ilha do Mel
Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres
A Ilha não perde seu encanto, toda vez que a gente volta consegue achar alguma coisa mais bonita que das outras vezes passou desapercebido. Não cheguei a conhecer a Ilha quando era mais "selvagem", por isso é impossível ter nostalgia da época que não tinha energia elétrica, que não tinha trapiche, etc. Mas confesso que fiquei chocada com a existência de hotéis com piscina na ilha. Tudo bem que conforto é bom e todo mundo gosta, mas não é um pouco absurdo ter piscina num local com tantos problemas de abastecimento na alta temporada? Além do que o perfil da Ilha sempre foi mais descontraído e certos "luxos" acabam destoando da paisagem e do astral do resto do lugar. Mas enfim, é sempre gostoso voltar e visitar a Ilha do Mel e seus pontos turísticos essenciais. Na última vez fomos bem fora de temporada, mas fiquei feliz ao saber que teria no dia seguinte um show de fandango na Fortaleza. Uma construção de 1767, a Fortaleza estava um pouco decadente nesta visita. Os canhões completamente enferrujados e sem a mínima conservação destoam de outros que estão na Fortaleza de São Francisco do Sul por exemplo. O descaso é visível e revoltante que chegamos a enviar algumas fotos para o IPHAN. Nos responderam dizendo qeu iriam fazer a manutenção das peças de artilharia. Tomara que preservem direito, já que é a única fortaleza histórica que sobrou no nosso Estado.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Paris
Rio Sena
Fazer um passeio de barco pelo Sena é absolutamente necessário quando se visita Paris. As opções são muitas, desde aquelas luxuosas e caras, até os bateaux bus que são como ônibus mesmo, custa pouco e dá para pegar mais de uma vez no mesmo dia. Nós tomamos este último claro, mas quem sabe da próxima a gente não reserva aquele que tem um jantar romântico durante o trajeto? Bom, desta vez pegamos o bateaux bus em frente ao Musée D'Orsay e fizemos a volta até o Pallais de Chaillot, onde fica a Torre Eiffel. Foi muito bom ter uma vista da cidade a partir do Rio Sena, assim é possível apreciar toda a parte antiga da cidade. Achei bem rápido como forma de deslocamento e também interessante para apreciar a paisagem. Fizemos o passeio durante a tarde, isso porque estava com meus pés sangrando e não aguentava mais caminhar. Uma de nossas malas foi perdida e ficou em São Paulo, não tinha feito a divisão correta das nossas coisas, resultado, meus calçados confortáveis ficaram na mala perdida, que chegou ao hotel 3 dias depois. Enfim, foi ótimo e também bizarro encontrar em certo ponto do Rio o que os franceses chamam de Paris Plage, ou seja, uma praia em Paris, onde as pessoas ficam tomando banho de sol em cadeiras como se faz numa praia de verdade. Meio sem sentido para nós que temos praias com areia e calor de verdade, mas como em julho é o mês de férias do parisiense eles aproveitam como podem.
domingo, 27 de junho de 2010
Florença
Giardino di Bóboli
Um belíssimo lugar no Palácio Pitti em Florença. Os jardins de Bóboli são gigantescos, com diversas esculturas e fontes, a gruta dos Médici, a alameda dos Ciprestes e ainda a Fortaleza Belvedere e o Giardino Bardini. Enfim, um local para passar a tarde toda, fora os museus que ficam no interior no Palácio que também são interessantíssimos. O bom é que ele contrasta com o restante de Florença, que não tem muito verde, ou melhor, não tem nenhum verde. Neste dia, pegamos sol e chuva rápida, o que não interferiu na visita aos jardins. Neste local especificamente, fica o Museu da Porcelana, com peças muito bonitas e diferentes. O problema, não só deste museu, mas da maioria dos museus da Itália é que eles ainda não aprederam como os franceses a vender um genérico de Paris Pass lá. Além de não existir em Florença nada como este passaporte que vc compra em Paris e pode visitar vários museus pelo número de dias que vc compra, no Palácio Pitti a coisa é mais caótica ainda. Existia na bilheteria 3 tipos de ingresso, e nós ingenuamente compramos o mais caro porque achamos que dava direito a visitar tudo. Foi um erro, começamos pelo Giardino di Bóboli porque o tempo estava bom, depois o Giardino Bardini, quando quisemos visitar os interiores descobrimos que nosso ingresso não era válido para dois museus do Palácio! Uma pena, o pior é que a bilheteria já tinha fechado e não conseguimos voltar lá e comprar o outro ingresso. Tudo bem que foi mancada, mas eles não pensam que tem gente que quer pelo menos tentar visitar tudo? Ficamos restritos ao Museu da Porcelana e o Museu do Vestuário, mas bem que eu gostaria de conhecer os Apartamentos Reais do Palácio. Enfim, Florença é um lugar para se voltar algumas vezes.
sábado, 26 de junho de 2010
Borgo a Mozzano
Ponte del Diavolo
Interessante cidade no vale do Rio Sercchio, Borgo a Mozzano é cercada por um lado pelos Alpes Apuanos o que dá um charme enorme à paisagem. A Ponte della Madallena, mais conhecida como Ponte del Diavolo, é uma construção medieval com arco assimétrico, provavelmente do século XIV. Sua construção é envolta em lendas, a mais conhecida seria a de que o mestre construtor não conseguiria entregar a obra no prazo e fez um acordo com o diabo, e este pediu em troca a alma do primeiro que atravessasse a ponte. Arrependido, o mestre procurou se confessar com um padre que deu a idéia de fazer um porco ser o primeiro a atravessar a ponte e assim enganaram o diabo. O curioso é que já em 1670 o conselho de Lucca proibia que se usasse a ponte no transporte de máquinas de moinho para preservar sua integridade. Em 1900 algumas adaptações foram feitas, a adição de mais um arco, para a construção de uma ferrovia em uma de suas margens. É um lugar muito bonito, que fica na região da Linea Gótica, usada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial, mas que fica para outro post.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Torres
Praia Grande
Na nossa viagem ao sul do país, resolvemos viajar pelo litoral, conhecendo lugares famosos e pitorescos. Alguns trechos da BR 101 são realmente muito complicados, depois de Florianópolis. Inclusive nos demos muito bem porque um "anjo" na forma de caminhoneiro nos avisou que uma barreira tinha caído e nos indicou um atalho por dentro de Palhoça que nos salvou de amargar horas e horas na fila de carros parados. Fora isso, alguns trechos estão sendo duplicados o que provoca uma confusão e demora quando é preciso desviar pelas marginais. Mas valeu a pena conhecer este lado do litoral sul, com belas paisagens e praias interessantes. Na divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul fica Torres, quando eu era criança tinha um livro de geografia que mostrava as fotos dos rochedos de Torres, eu realmente queria conhecer este lugar desde essa época. Realmente a praia é muito bonita, com seus paredões, mas confesso que estava um vento inclemente e que por isso permanecemos pouco tempo na cidade. A Praia Grande, da foto, é bem bizarra. As pessoas tomam sol na grama por ser mais confortável do que a areia grossa demais do lugar. Valeu conhecer, mas praia por praia fico com a nossa Itapoá aqui em Santa Catarina, limpa e não muito cheia, perfeita para curtir o sol.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Pistóia
Centro histórico de Pistóia
O centro histórico de Pistóia é muito bonitinho. É uma espécie de Florença em miniatura, tbm com suas igrejas que usam a combinação de mármore branco e verde nas suas fachadas, grande parte também é para pedestres e possui umas lojinhas bem charmosas. O Museu Cívico de Pistóia tem um acervo bem interessante de artistas da cidade dos séculos XIII e XIV, e as igrejas seguem o padrão da grandiosidade interna e um belo jardim no claustro. Pistóia estava no nosso roteiro prévio apenas como cidade onde fica o Monumento Votivo Brasileiro aos Mortos na Segunda Guerra, local onde eu faria as pesquisas para minha tese. A primeira vez que fomos até lá não pudemos conhecer nada, apenas chegamos na estação e tomamos um táxi até o Monumento. Mas depois, como sobrou uma tarde livre resolvemos conhecer esta pitoresca cidade que ainda atrai poucos turistas. E realmente foi um passeio muito agradável, e agora um comentário "gordo orientate", mas os gelatos de Pistóia, são os melhores sorvetes que experimentamos na Itália, além de serem bem baratinhos, hahaha.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Montese
Torre do Castelo de Montese
Enfim chegamos na região da Campanha do Brasil na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Ficamos hospedados em Porretta Terme, às margens do Rio Reno, uma pequena cidade que foi QG da Feb. Chegar até Montese não foi tão fácil assim em 2010, imaginem em 1944? Na nossa primeira tentativa tomamos um ônibus normal. Chovia e a temperatura caiu na vertical em menos de 40 minutos. A cidade fica a uns 900 metros de altitude, mas é muito íngreme a estrada que leva até lá. Entramos no ônibus com a temperatura de 15 graus, no termômetro do ônibus víamos que a temperatura foi caindo até chegar a 4 graus em Montese. Que frio horrível, pudemos ver o gelo se formar na estrada, com chuva caindo, isso na primavera, no inverno aquilo deve ser mil vezes pior. Existem cumes de montes que sempre têm neve. Ao chegar à cidade, tentamos em vão ir até o Castelo de Montese, não era possível ver nada da paisagem por conta da chuva torrencial. Não conseguimos permanecer ali, era um frio que nunca havia sentido, além de uma chuva congelante. O problema era esperar o outro ônibus para voltar ao hotel em Porretta Terme. Enfim, não foi uma experiência boa, mas ainda bem que no dia seguinte não estava mais chovendo e aí pegamos um táxi para visitar todos os lugares importantes da região. O astral do passeio foi totalmente outro. Conseguimos captar imagens incríveis e belíssimas da região e até visitar o museu e subir na torre do castelo de Montese. A simpatia do povo italiano naquela região foi enorme para com nós brasileiros. Até hoje eles recebem bem os brasileiros por conta da boa imagem dos nossos soldados durante a Segunda Guerra Mundial. Só os soldados brasileiros mereceram monumentos em sua homenagem espalhados por toda a região. O caso do museu foi significativo e jamais esquecerei este evento. O museu estava fechado porque só abre no verão, a cidade fica praticamente vazia fora da temporada de verão, mesmo assim o taxista foi até o escritório da prefeitura e conseguiu pegar as chaves. Resultado visitamos o Museu que possui a sala FEB e ainda subimos na torre, o que permite ter uma visão privilegiada de toda a região e compreender melhor os objetivos dos brasileiros durante a campanha. Foi muita gentileza deles, aqui mesmo sendo pesquisadores, por vezes com cartas e toda a burocracia necessária em alguns casos não conseguimos ter acesso à certas fontes. Em breve coloco outras fotos das paisagens desta magnífica região.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Vaticano
Basílica de São Pedro
Conseguimos chegar bem cedo no Vaticano. Foi ótimo porque ficar na praça de São Pedro relativamente vazia possibilita apreciar calmamente as colunas de Bernini e todas as esculturas da fachada colossal da Basílica. Era uma quarta-feira pela manhã e eu acreditava que estavamos no dia em que o papa daria sua benção, mas depois descobrimos que ele estava em viagem à Portugal. Uma pena, fica para a próxima. Em todo caso, a experiência de estar dentro da Basílica é maravilhosa. Vc se sente muito pequeno diante daquilo tudo, de todas aquelas obras de arte, da opulência, enfim vale a pena ficar muito tempo ali. Uma pena que quando fomos num dos altares laterais estava tendo uma missa em inglês, adoraria ouvir naquele lugar uma missa em italiano, seria mais convincente. A Pietá de Michelangelo está lá e para decepção nossa, com uma redoma de vidro protegendo. Depois que uma louca entrou na igreja com uma marreta e tentou destruir a escultura decidiram colocar o vidro. Uma lástima, tanta coisa útil que estes "loucos" poderiam tentar destruir e se voltam justamente para uma obra maravilhosa como esta? Mas mesmo com tanta neurose pairando nestes pontos turísticos, achei a visita bem tranquila, pegamos uma fila bem pequena e no máximo havia o básico detector de metais. Ao meio-dia a fila estava tomando a praça, enfim nada como chegar cedo, e o papa fica para a próxima.
sábado, 19 de junho de 2010
Bertioga
Parque dos Tupiniquins
Cidade encantadora, Bertioga que faz parte do roteiro "virtual" da costa dos fortes, possui o Forte São João no canal de Bertioga a mais antiga fortaleza construída no Brasil. Um forte colonial do século XVI muito preservado e que possui no seu interior o Museu João Ramalho que tem uma exposição com objetos indígenas muito boa. No lado externo do forte existe o Parque dos Tupiniguins com interessantes esculturas representando os indios, como o chefe tubinambá Cunhambebe e a catequese de Anchieta. Existe tbm um outro forte que não estava aberto à visitação, mais um deles, que é o forte São Felipe e São Luís, que era usado como ponto de defesa contra os índios Tamoios. Ficamos pouco tempo na cidade, mas existem muitas ofertas de pousadas, ficamos numa muito boa e barata, mas não lembro o nome, rss! Saímos do Guarujá e pegamos a balsa para chegar em Bertioga, a paisagem é belíssima, um daqueles passeios que a gente aproveita até o deslocamento. Abaixo um pequeno vídeo com panorâmica do forte e do belíssimo canal.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
José Saramago
"Quando o viajante sentou na areia da praia e disse, não há mais que ver, sabia que não era verdade. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra". Frase do maravilhoso José Saramago que nos deixou hoje no livro Viagem à Portugal. Sem dúvida um dos responsáveis pelas melhores viagens que fiz no mundo da leitura.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Paris
Musée de l'Armée e Hôtel des Invalides
São vários museus neste espaço que foi construído em 1670 por ordem de Luís XIV para abrigo dos inválidos de seus exércitos. Ainda hoje ele abriga alguns inválidos, inclusive encontramos um velinho em cadeira de rodas num dos jardins do museu, ai se ma français não fosse trés bizarre, hua hua hua. O fato é que um lugar gigantesco, que abriga vários museus, a catedral de Saint Louis des Invalides com sua linda cúpula, sob a qual está o túmulo de Napoleão. Nas salas do museu existem exposições magníficas. Destaque para a sala Napoleônica, os museus da primeira e da segunda guerra mundial, o chamado departamento moderno, em todos eles o acervo é muito rico com uniformes, armamentos, pinturas, objetos, diversos filmes, enfim, interminável. Ainda no complexo dos Invalides existe um museu totalmente audiovisual que é o monumento ao Charles de Gaulle, inaugurado em 2008 e que tem uma proposta bem interessante. O que eu mais gostei nos Invalides? Com certeza o museu de Armas e Armaduras! Descobri que é o terceiro acervo em número de armas antigas, ficando atrás de Viena e Madrid. Eu não conheço os dois outros acervos, mas neste dos Invalides é possível passar uma manhã inteira ali apreciando a coleção que vai do Paleolítico até o século XVII, com destaque para as incríveis armaduras medievais. Emocionante ver as armaduras dos reis Henrique II, as armaduras infantis, enfim, muito interessante a visita. A grandiosidade do museu, tanto no acervo como no tamanho, faz com que a gente se canse demais. Acho que foi o local onde fiquei realmente exausta nesta viagem, ainda que tudo seja muito interessante, chega uma hora que o corpo não aguenta. Confesso que não consegui ver direito o museu das maquetes, estava completamente pifada, mas que era igualmente valioso o acervo. E o que falar da livraria e lojinha do museu? Que perdição, um dia terei dinheiro para comprar aquelas miniaturas de soldadinhos sensacionais que são vendidas ali, um dia!
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Lucca
Igreja de San Giovanni e Reparata
Muito impressionante ao chegar em Lucca é perceber que as muralhas do século XVII que cercavam a cidade estão intactas. Hoje há uma divisão entre a cidade histórica que fica dentro das muralhas e a cidade moderna, fora das muralhas. Uma gracinha de cidade, ideal para andar a pé ou de bicicleta, já que é muito plana. Também é berço do compositor Puccini, pena que o museu que fica na antiga casa de Puccini estava fechado. Tantos lugares fechados que encontramos nesta viagem à Itália mostra como existe esta preocupação em preservar o patrimônio histórico, a grande maioria dos monumentos estava em reforma, o que no fundo é um ótimo sinal. Em Lucca fica a Igreja de San Giovanni e Reparata, que como tantas outras igrejas da Itália possui suas escavações arqueológicas no subterrâneo abertas para visitação. Muito legal, entender que tudo foi construído em cima de ruínas romanas, deve ser um luxo ser arqueólogo na Itália!
terça-feira, 15 de junho de 2010
Roma
Fontana di Trevi
Ponto turístico que vive cheio é um dos monumentos mais bonitos de Roma. É impressionante pensar que construções romanas do ano 19 a.C. ainda sejam utilizadas hoje em dia. Mas é o que acontece com a chamada Acqua Virgo que corre no canal no subsolo da Fontana di Trevi. O arqueduto foi construído nesta data pelo general Agripa para levar água aos banhos romanos perto do Pantheon. A Fontana di Trevi foi construída muito depois, em 1762, com esculturas de Bracci, e esta história é contada numa das partes da escultura em que são representados nos baixos-relevos uma jovem que conduz os soldados de Agripa até uma nascente e do lado esquerdo o general aprovando o projeto. Mas as figuras principais desta escultura barroca são Netuno em uma charrete puxada por cavalos-marinhos dirigidos por tritões gigantes. Mas na verdade, o que a gente lembra mesmo quando visita a Fontana di Trevi (além de jogar as moedinhas para voltar, rsss) é da cena de Anita Ekberg em La Dolce Vita de Fellini. Aliás, eu lembrei de todos os filmes que vi de Fellini nesta viagem, e principalmente do sensacional Roma 1972. Esta idéia das diferenças entre o modo de vida romano tradicional e o impacto da modernidade e da "americanidade" são constantes em ambos os filmes. E ainda hoje é possível perceber como isto ainda é forte em Roma. Não é uma cidade onde a gente encontra tanta gente com fones de ouvido e seus iPods, mp3, lan houses e coisas do tipo como por exemplo no Brasil. Eu achei muito interessante a permanência destas especificidades num mundo cada vez mais padronizado. Para quem tbm é saudosista, um pedacinho da cena de Anita Ekberg e o grande Marcello Mastroiani na Fontana di Trevi.
http://www.youtube.com/watch?v=PpcZl3OUJyk&feature=related
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Praia do Rosa
Como este frio de Curitiba cansa! Pela manhã hoje estava garoando, pelo menos agora abriu um sol. Ai que saudade da praia, do calor! Falando em sol e calor nada como lembrar férias divertidas na Praia do Rosa.O litoral de Santa Catarina realmente é muito lindo e de tantos lugares bonitos a Praia do Rosa destaca-se pelo seu astral e suas belas paisagens.Estivemos lá num período antes das férias, o que certamente contribuiu para o clima de tranquilidade do lugar. São muitas opções de hospedagem, ficamos na Pousada Studios do Barão e foi sensacional. Os chalés são voltados para a lagoa e o sossego e privacidade são totais. Além de muito charmosas o pessoal da pousada é muito simpático. Um lugar encantador e que dá vontade de voltar.
domingo, 13 de junho de 2010
Bologna
Basílica de São Petrônio
O que mais chama atenção em Bologna é a fachada nunca terminada desta igreja na Piazza Maggiore. Embora por conta do seu exterior a gente espere um interior também austero, não é isso que acontece. A igreja é suntuosa por dentro, cheia de capelas, afrescos, estátuas,(parece que é a sexta maior igreja do mundo) e a famosa a meridiana de Cassini, um grande relógio solar traçado no chão da igreja que marca as horas (horário de Roma), os minutos, os solstícios e os signos zodiacais. Por sorte o dia em que visitamos Bologna estava sol e pudemos ver bem o funcionamento deste "relógio". Pena que não se pode fotografar o interior da igreja. Achei Bologna uma gracinha, cheia de pórticos que deixam a cidade tão elegante e agradável de caminhar, protegendo os pedestres do sol e da chuva.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Pompéia
Via Dell'Abbondanza
Visitar Pompéia foi uma experiência inesquecível. As ruínas nos fornecem uma idéia do que era viver ali, com alguns templos, tabernas, mercados, termas e casas. Alguns afrescos estão até bem preservados, nesta que era uma das vias principais da cidade. Para quem tem mais de 30 e assistiu ao Acredite se quiser com o Jack Palance é impossível não lembrar do programa sobre Pompéia e sua destruição, com seus corpos petrificados. Enfim, foi sensacional ver tudo de perto. Além do Anfiteatro, da Casa do Poeta Trágico e outros lugares imperdíveis que ficam para outro post.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Pisa
Torre Inclinada de Pisa
Talvez o monumento mais famoso da Itália, a torre de Pisa é outro daqueles lugares que é impossível deixar de conhecer. O Campo dei Miracoli onde fica a torre é lotado de camelôs e muita gente. Todo mundo querendo fazer aquelas fotos de sempre, segurando a Torre. Para falar a verdade não conseguimos subir, estava uma fila enorme, pegamos uma carona com um amigo e tinhamos outros lugares para visitar. Fica para a próxima vez, como tantas outras coisas que ficaram faltando nesta viagem.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Tibagi
Canyon do Guartelá
Considerado o sexto maior canyon do mundo, o Canyon do Guartelá fica numa região bonita e de fácil acesso partindo de Curitiba. Para fazer a trilha autoguiada não é necessário mais do que 2 ou 3 horas de caminhada. Também existem os panelões do Sumidouro com águas geladas, mas sempre existem alguns legionários que estão lá dentro e deve ser divertido mesmo. A paisagem é inesquecível, com suas cachoeiras, com o rio Iapó e o desfiladeiro. As pinturas rupestres também são um atrativo da região, mas para conhecê-las é necessário agendar guias e não fizemos isso na nossa visita. Mesmo assim é um passeio divertido, um parque bem organizado e sinalizado e na minha opinião complementar a qualquer visita à Vila Velha já que fica não muito mais longe.
domingo, 6 de junho de 2010
Paris
Panthéon de Paris
Localizado no Quartier Latin o Panthéon é um ponto turístico interessantíssimo em Paris. No dia que visitamos, acordamos muito cedo como sempre, e quando chegamos para visitar o Museu du Moyen Âge ainda estava fechado. Naquela de vamos aproveitar todos os minutinhos, fomos até o Panthéon que fechado ainda, poderia render algumas fotos do seu magnífico exterior. Como turistas apavorados, cogitamos que nem daria tempo de entrar no Panthéon, mas após a visita ao museu da Idade Média percebemos que sim daria tempo e teria sido um erro não entrar, ainda bem que houve tempo para tudo. Iniciada sua construção em 1764, o Panthéon na origem era uma Basílica dedicada à Santa Genoveva e foi concluído em 1790, incrível que ele foi inspirado no Pantheon Romano e no Dôme dos Invalides. Recentemente visitando o Pantheon romano tivemos uma grande decepção, já que o mesmo se eclipsa diante do francês. Com a "mudança de plaquinha" com a Revolução Francesa ele se transforma em Panteão Nacional e hoje possui 70 criptas de celebridades francesas e vale a pena visitar tudo. Além do Pêndulo de Foucault, existem pinturas didáticas (e realmente estavam nos nossos livros didáticos do passado) que impressionam pelo tamanho e pelos temas, principalmente os relacionados à Joana D'Arc de E. Lenepveu de 1889 . Visitar as criptas do casal Curie (sim estavam cheias de flores algo muito específico da relação do europeu na rememoração de seus mortos, não importando quanto tempo os mesmos tenham partido em várias estátuas e criptas encontra-se flores naturais como homenagens), de Victor Hugo, Alexandre Dumas, Voltaire, Rousseau, Zola, etc, e tbm as placas em homenagens aos que estariam ali se seus corpos tivessem sido encontrados como o caso de Jean Moulin e do escritor Saint-Exupéry. Aliás descobri um blog muito legal em que o autor postou uma notícia impactante sobre a morte do famoso escritor que não teria se suicidado e sim morto pelos alemães, vai o link para quem quiser saber mais a respeito. Como a guerra é uma desgraça.
http://saladeguerra.blogspot.com/2008/03/piloto-alemo-diz-ter-derrubado-o-autor.html
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Florença
Museo dell'Opera di Santa Maria del Fiore
Florença é uma cidade linda e que conserva sua arquitetura medieval de maneira esplêndida. Bem organizada, limpa, enfim, uma cidade maravilhosa de se visitar e conhecer. Tudo pode ser feito a pé porque tem uma escala pequena também. As opções de museus são variadas e, se não bastasse a cidade possuir as principais obras de Michelangelo, Botticelli e tantos outros renascentistas, ainda existem inúmeros museus particulares interessantíssimos. Um que não posso deixar de citar é o museu do crime, uma idéia bem bacana, que infelizmente não tivemos tempo de conferir porque o tempo era curto e as opções "clássicas" eram a prioridade. Enfim, ponto para eles que sabem como cativar os turistas, Florença é uma cidade para se voltar várias vezes. A foto acima foi tirada no Museu dell'Opera di Santa Maria del Fiore, ou seja, grande parte do acervo pertencia à igreja magnífica de Florença, sendo que hoje em dia são réplicas que estão na catedral e os originais estão neste museu. A obra "A criação de Eva" de Donatello em terracota, é do ano 1410 mais ou menos. Existem outras variações para este tema, uma inclusive de outro ilustre pintor chamado Pisano com o mesmo nome e com as mesmas características do mestre Donatello. A viagem pelas obras Renascentistas é total, tanto em museus imperdíveis como a Galleria degli Uffizi, como na Galeria della Academia, como nas ruas da cidade. Por mim ficaria um mês em Florença e não apenas 3 dias!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Versailles
Grand Canal
Recentemente ao comentar nossa viagem à Paris com uma amiga que visitará a cidade pela primeira vez agora em julho, refleti que realmente inédito e inesquecível de nossa estada lá foi ter remado no lago de Versailles, o Grand Canal. Primeiro porque não tinha lido em nenhum guia a possiblidade deste passeio lá em Versailles, segundo porque achei realmente excêntrico remar no lago do Palácio! Depois de todo o roteiro oficial, que tem toda sua aura de esplendor e maravilhamento que já esperavamos, percebemos que as pessoas estavam remando no lago. A primeira idéia que tive foi, deve ter sido reservado, muito caro, etc. Mas como estavamos lá mesmo, fomos conferir e para nossa surpresa era compra imediata e custava 11 euros por meia hora. Mesmo sendo mão de vaca, reconheço, achei que valia a pena, ora remar em Versailles não tem preço, melhor tendo um preço que poderíamos pagar. O fato é que meia hora ali é suficiente para contemplar as belezas do ambiente, que diga o Denni que teve que remar. O interessante tbm deste passeio foi a fisionomia das pessoas que estavam nos outros barquinhos, todas estavam numa alegria que acho que nunca vi tanta gente feliz reunida antes. Resumindo, foi sensacional, esplêndido, maravilhoso. Aliás, tudo neste dia foi incrível, pegar o trem na estação dos Invalides para Versailles já foi tão prazeroso, fácil, sem complicações, organizado, e ainda por cima com um acordeonista tocando La vie en rose, parecia cena de filme! Tudo bem q eles fazem aquilo para os turistas, só tem turista naquele trem, deve ser chavão, mas eu achei tudo lindo demais. Aí vc chega em Versailles, nem precisa pensar onde é o Palácio, basta seguir os turistas japoneses, isso sempre vale quando se estiver perdido, seguir os japoneses, kkkk. Depois visitar o palácio, aposentos, sala dos espelhos, etc. Curtir os jardins, ir até os domínios de Maria Antonieta a pé, lógico, pegar o trenzinho é deixar de apreciar toda a beleza do lugar. Lá encontrar tudo o que vc leu a respeito e perceber que é muito mais mágico, que até o mato é bonito. Petit e Grand Trianon são visitas essenciais. Remar no lago, e então caiu uma chuva daquelas de verão que como diz o Saramago molha "nas horizontais, nas verticais e nos oblíquos". Mesmo assim ninguém se importou, estava calor e até a chuva em Versailles teve o seu charme. Lugar fascinante este sem dúvida. Aproveito para deixar um pequeno vídeo que fiz deste momento.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Nápoles
Vesúvio
Este sem dúvida foi um momento inédito em nossas viagens. Até então nunca tinha me passado pela cabeça subir até a borda da cratera de um vulcão, mas foi uma experiência inesquecível. Chegar até Nápoles saindo de Roma para voltar no mesmo dia não chega a ser um passeio tranquilo. Pelo contrário, Nápoles é um tanto quanto caótica demais, mesmo para os padrões italianos. Usamos o eurostar para chegar em Nápoles bem cedo, foi ótimo, alías fiquei fã dos trens na Itália. Todos são muito eficientes, fomos de Frecciarossa na ida (mais rápido e mais caro) e voltamos de Intercity (mais demorado e mais barato)e pegamos muitos regionais sempre, todo o sistema é excelente. Bom, mas ao chegar em Nápoles nos batemos um pouco para ir para Pompéia e depois para o Vesúvio, pegamos o trem errado, mas enfim chegamos. Eu sinceramente achava que não daria tempo depois de tantos contratempos visitar Pompéia e o Vesúvio no mesmo dia, mas felizmente estava engada. E foi muito legal, acho que subir o Vesúvio é um passeio obrigatório quando se visita Nápoles. O tempo estava perfeito, acho que não seria tão interessante subir aquele caminho de pedras e poeira vulcânica, passando por uma vista de lava solidificada até a borda da cratera com chuva por exemplo. Impossível não lembrar de Silva Jardim que ao chegar muito próximo da borda caiu na cratera em 1891. Inclusive acho que deveria ter uma plaquinha com este evento lá. Acho que na foto acima foi possível captar as fumarolas que emitem vapor dentro da cratera, muito emocionante.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Roma
Castel Sant´Angelo
Depois de algumas semanas volto a atualizar o blog. O motivo não podia ser mais agradável, uma pequena temporada na bela Itália! Foi incrível viajar por diferentes regiões do país de trem, conhecer cidades e paisagens tão instigantes. Para o primeiro post desta viagem escolhi o Castel Sant'Angelo que fica do outro lado da Basília de São Pedro no Vaticano. Este espaço para mim é uma síntese do que se pode esperar em Roma: uma obra antiga e medieval ao mesmo tempo. Projetado na origem para servir de mausoléu do imperador Adriano no ano 135. Depois da crise em Roma, com a invasão dos godos o mausoléu foi transformado em Fortaleza. Em 610, dizimada pela peste a população teria visto o arcanjo do alto e desde então passou a ser chamado de Castel Sant'Angelo, servindo de prisão, fortaleza e residência dos papas. O mais interessante neste castelo é a possibilidade de identificar o que é antigo e o que é medieval nas intervenções. A rampa da entrada é original, da época do imperador Adriano, em espiral, sensacional! O castelo possui imensos salões com afrescos renascentistas, uma capela no Cortile d'Onore de Michelangelo e uma passagem que ligava o castelo ao Vaticano e servia de rota de fuga para os papas. Os vários estilos arquitetônicos se somaram na fortaleza, bem como as armas de guerra utilizadas, de uma espécie de arco gigante que atirava pedras, aos canhôes. Um passeio muito interessante que vale a pena.
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